quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Transcrição e tradução

Continuando a aula anterior, entenderemos um pouco mais como, a partir das informações contidas no DNA, resulta a produção das proteínas presentes no nosso organismo e incluíremos o RNA tranportador, ribossomial e mensageiro na história que contamos até agora. É justamente nessa molécula chamada de RNA que se encontra o segredo do processo, e a resposta à dúvida existencial que você adquiriu lendo o último resumo (aquela do U...).

Os cromossomos dos eucariotos são formados por DNA e proteínas. O DNA comanda e coordena toda a função celular, inclusive a síntese de proteínas (as quais já estudamos) e nesse processo participam moléculas de RNA. Na síntese de determinada proteína, um gene é transcrito em moléculas de RNA (na etapa denominada transcrição) que vão ser traduzidas em moléculas de proteína (na etapa denominada tradução).

Sabemos que o gene corresponde a um determinado trecho do DNA, e que dois genes diferem um do outro porque o número de bases e a sequência em que elas estão organizadas podem ser diferentes em cada trecho. Assim, cada gene conterá a informação necessária para a síntese de uma proteína diferente.

Agora veremos como isso acontece: Na transcrição, um filamento do DNA, é usado para a síntese do RNAm (RNA mensageiro). Nesse processo, um trecho do DNA tem suas fitas afastadas, expondo suas bases. A enzima RNA polimerase vai encaixando os nucleotídeos, de acordo com emparelhamento das bases. Assim quando houver uma adenina, uma uracila será encaixada. É importante lembrar que as bases que compõem o código de RNA (U, C, G, A) difere das bases encontradas no DNA (T, A, G, C). Como você pode ver, no RNA, a timina é substituída por uma base nitrogenada chamada uracila (pronto... assim sanamos sua dúvida existencial). Após a síntese, o RNAm vai para o citoplasma, onde há os ribossomos, que são organelas celulares compostas de RNAr (RNA ribossomial) e proteínas que são responsáveis pelo processo de tradução. Nele o RNA mensageiro (que contém a informação de um gene) irá ser codificado em uma proteína.


No ribossomo o RNAm se encaixa, de modo que 6 nucleotídeos ficam dentro da sua estrutura. Cada conjunto de 3 nucleotídeos consecutivos no RNA é denominado códon, e cada códon especifica ou um aminoácido ou a finalização do processo (códon de parada, o “STOP” da tabela do resumo anterior), assim há dois códons encaixados por vez no ribossomo. Até ai tudo ok...mas como serão colocados os aminoácidos certos nos locais certos? Para esse importante papel há o RNA transportador (RNAt), que possui em uma das suas extremidades uma região de interação com o aminoácido, e em outra região uma sequência de nucleotídeos denominada anticódon, que une-se ao códon correspondente no RNAm, colocando o aminoácido na sequência correta.


À medida que o ribossomo desliza pelo RNAm, os aminoácidos vão se unindo e formando a proteína. O primeiro aminoácido é o unido com o segundo através de uma ligação peptídica, e quando essa ligação acontece, o primeiro RNAt perde a afinidade pelo aminoácido e eles se soltam. Quando isso ocorre, o RNAt é liberado, e poderá então ligar-se a outro aminoácido. Então o ribossomo desliza, e o terceiro códon pode então ficar na posição para receber o RNAt correspondente. A síntese termina quando o ribossomo chega à região do RNAm com um códon de parada, então toda a sequência de aminoácidos é liberada.

Por fim, em resumo...

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